terça-feira, 9 de julho de 2013

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Braga

Já vimos, pelos artigos anteriores, que Braga é ainda mais antiga que o próprio país que a integra - Portugal.
A "Roma Portuguesa" está localizada bem no centro da Região do Minho, precisamente entre o Rio Douro e o Rio Minho. Ocupa 183,51 Km2 e o seu território pertence a duas bacias hidrográficas - a bacia hidrográfica do rio Cávado a Norte e a bacia hidrográfica do rio Ave a Sul.

Desde a sua fundação como "Bracara Augusta", a cidade sofreu enúmeras alterações quer territoriais quer arquitectónicas. Algumas dessas alterações foram catastróficas, fruto de duras e violentas batalhas travadas na sua área territorial.

O nome BRAGA, surge no século XI, quando a cidade foi reorganizada por ordem do Bispo D. Pedro de Braga. A cidade desenvolve-se em torno da Sé, ficando delimitada por uma muralha. Nessa altura Braga terá sido oferecida por Afonso VI de Leão e Castela à sua filha D.Teresa, como dote pelo seu casamento com D.Henrique de Borgonha, Conde de Portugal que, posteriormente doa a cidade aos arcebispos.

Antes da cidade ter sido saqueada e quase destruída pelas forças napoleónicas, durante a invasão Francesa do século XIX, Braga viu a sua arquitectura medieval transformar-se e torna-se no ex-libris do Barroco em Portugal pela influência do Arquitecto André Soares. No final deste século, o centro da cidade deixa de ser a área da Sé e passa a ser a Avenida Central. Em 1875 é inaugurada a Estação de Caminhos de Ferro de Braga, pelo rei D. Luís.

Devido à sua riquíssima e variedade histórica, Braga tem hoje diferentes designações, apontando cada uma delas para uma parte da sua história:
  • "A Roma Portuguesa", não só pela sua importância para o Império Romano prosperar na Península Ibérica, mas também pela quantidade de igrejas e praças introduzidas pelo arcebispo D. Diogo de Sousa após a sua visita a Roma;
  • "A Cidade dos Arcebispos", porque durante séculos o seu arcebispo foi o mais importante da Península Ibérica. Esta designação é, ainda hoje, muito utilizada por todos os meios;
  • "A Capital do Minho", por administrativamente ser a sua capital e por estar localizada bem no centro desta Região.
  • "A Cidade dos Três Sacro-Montes": são os santuários da cadeia montanhosa que delimita a cidade a sudeste - O Bom Jesus, o Sameiro e a Falperra (Sta. Mª Madadela e Sta. Marta das Cortiças).


Braga é nome de distrito e concelho. O distrito de Braga é composto por 14 concelhos, entre eles o concelho de Braga, a sua sede. A sua população é de 846 458 e tem uma área de 2 673Km2.
De acordo com os dados recolhidos em 2012, o concelho de Braga possui 182 110 habitantes, é um dos mais populosos de Portugal e um dos mais jovens da Europa. É subdividido em 62 freguesias.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

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Bracara Augusta

O primeiro contacto entre Bracari e Romanos deu-se entre 138-136 a.C., com expedições de reconhecimento militar. Até 31 a.C., viveu-se em paz, o que favoreceu o desenvolvimento e o comércio, proporcionados pelo Império Romano.
Em 26 a.C. o Imperador Augusto desloca-se pessoalmente à Península Ibérica, na sequência de guerras internas entre os líderes do Império, e é nesta fase, em que retoma o poder em toda a região entre os Pirinéus e a Galécia, que é fundada Bracara Augusta. Augusto ordena a reorganização administrativa que consiste na fundação de cidades e construção de vias, dinamizando assim o comércio a nível inter-regional. De Bracara Augusta partiriam importantes vias.
Toda esta reorganização ocorreu durante a dinastia Júlio-Claúdio (anos 14-68) e envolveu ainda a construção dos primeiros edifícios públicos de Bracara Augusta, a criação de novos bairros, desenvolveram-se actividades económicas e comerciais como a metalúrgia e a olaria. Foram então criadas condições para que inúmeros indígenas, militares e povos externos se deslocassem para viver em Bracara Augusta. Em 50 d.C., Bracara Augusta era já um importantíssimo centro comercial de toda a região.
Os primeiros dois séculos de vida da nova cidade foram caracterizados por um enorme crescimento. Durante a dinastia Flávia, a cidade conheceu um ambicioso projecto de reestruturação urbano, que depois prosseguiu sob os imperadores Antoninos. O programa flávio incluiu a criação de monumentos, termas públicas, vários bairros residênciais, resultando numa cidade de apreciável extensão (cerca de 48ha), organizada segundo o plano hipodâmico. A cidade era então ponto de partida de várias vias romanas, favorecendo o comércio e a chegada de novos habitantes
No decorrer do séc.III, Bracara Augusta, aparentemente, estagna o seu crescimento, muito por culpa da crise que se instala na Hispania. Terá sido por esta altura que se procedeu à construção duma muralha de forma elíptica que circulava a cidade por completo e continha torres, protegendo-a das perturbações que afectaram toda a Hispania. Este afastamento, e o facto da cidade poder garantir a sua sobrevivência de forma independente, parecem tê-la poupado, permitindo uma vida regular aos seus habitantes, ainda que sem grande crescimento.
Entre finais do séc.III e inícios do IV, Diocleciano cria a província de Galécia e promove Bracara Augusta a Capital. Esta província integra os três conventos jurídicos do Noroeste e parte do de Clunia e a promoção de Bracara Augusta a Capital pressupõe um novo programa de remodelação urbano e novas responsabilidades políticas e administrativas o que pode ser um justificativo para a persistência de uma vida económica e social activas, durante todo o século IV. Essas responsabilidades terão mesmo aumentado com a promoção da cidade a sede de bispado. Os numerosos cargos políticos e religiosos criados terão constituído importantes factores de fixação da população, nomeadamente a população de elite e mais abastada.
A partir da ocupação dos Suevos, que nomeam Bracara Augusta Capital política e intelectual do seu reino, a cidade terá começado a perder as suas fundações romanas, ainda assim mantendo a maioria dos seus monumentos e edifícios. Já a instauração do domínio visigótico e as posteriores incursões àrabes parecem ter destruído vários sectores da cidade, acelerando o seu despovoamento.
É por ação do bispo D. Pedro que se desenvolve uma pequeno burgo medieval em torno da Catedral Sagrada em 1089, delimitado por uma muralha. Este burgo manterá fora do seu perímetro dois terços da antiga cidade romana. São desmanteladas muitas das construções monumentais da outrora Bracara Augusta e reutilizado o seu material de construção nos novos edifícios da cidade medieval. As restantes, reduzidas a escombros terão deixado de ser visíveis, transformadas que foram as áreas extra muralha em terrenos de cultivo.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

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A pré-história

São vários os achados arqueológicos que comprovam a existência de aglomerados populacionais na região, na Idade do Bronze. O mais antigo remontará ainda mais para trás, ao período Neolítico - um monumento megalítico denominado "Mamoa de Lamas". Mas é mesmo só a partir da Idade do Bronze que as fossas e cerâmicas encontradas no Alto da Cividade atestam a existência de uma povoação na zona.

Na Idade do Ferro, os nossos antepassados deixaram-nos os Castros - castelos de pedra, de forma arredondada, próprios de povoações que ocupavam locais de alto relevo. Em Braga ainda são visíveis restos de vários Castros:
  • Em Adaúfe: Castro do Pedroso e Castro do Monte Vasconcelos;
  • Em Dume: Castro de Cabanas;
  • Em Esporões: Castro da Santa Maria das Cortiças;
  • Em Guisande: Castro do Monte Redondo;
  • Em Nogueiró: Castro da Consolação;
  • Em Palmeira: Castro da Sola;
  • Em Pousada: Vinha de Lage - Castro Agrícola;
  • Em Sequeira: Castro do Monte das Caldas;
  • Em S.Vicente: Castro Máximo;
  • Em Vimieiro: Castro Vimieiro.
Apesar de não estar provado, pensa-se que terá existido um grande Castro na Cividade.
A Cividade, nome que deriva precisamente de "grande Castro", situa-se no coração da Cidade e certos historiadores, baseados na teoria de que Bracara Augusta teria sido construída sobre um Castro outrora destruído pelas guerras entre os povos locais e os romanos, aproveitando o material existente, eliminando assim grande parte dos vestígios anteriores.

O astrónomo e geógrafo grego Claudius Ptolemeu, referiu na sua obra - Geografia (8V.) - que a cidade Bracara Augusta era anterior à dominação romana e a recente descoberta ocasional de um Balneário Pré-Romano, durante as obras de remodelação da Estação, atestam essa teoria.

No entanto, a teoria está longe de ser provada. As provas arqueológicas que possam existir situam-se bem no centro histórico da cidade, sob os Monumentos Nacionais considerados Património e por isso, em local de muito difícil (diria mesmo impossível) acesso. Além disso, e ao longo da História, a área foi palco principal de grandes guerras e destruições que deverão ter provocado grandes alterações.

sábado, 15 de junho de 2013

+ 2000 Anos

Braga foi a primeira cidade portuguesa, por outras palavras, quando Portugal foi fundado no seu território apenas existia uma cidade - Braga. 
É uma das cidades cristãs mais antigas do mundo; fundada no tempo dos romanos como Brácara Augusta, conta com mais de 2000 anos de História. 

A história bracarense pode dividir-se em três partes: a Pré-História, Bracara Augusta e Braga.

Cidade Bimelenar com um passado Guerreiro, composta maioritáriamente por jovens e que sabe e gosta de receber quem a visita. Em Braga a "Porta está sempre aberta" como sinal de bem receber.

Situada no Norte de Portugal, mais propriamente no Vale do Cávado, Braga possui cerca de 174 mil habitantes, sendo o centro da Grande Área Metropolitana do Minho (GAM), com cerca 800 mil habitantes. É uma das cidades mais jovens da Europa (foi considerada a cidade mais jovem da Europa em 1989), o que a torna uma cidade dinâmica e enérgica. 
Nos últimos 30 anos a população do Distrito cresceu mais de 25 por cento e actualmente, apresenta parâmetros de desenvolvimento e de qualidade de vida muito acima da média nacional, sendo apenas superado pelas regiões do grande Porto e da grande Lisboa. Pelas estatísticas e racios poder-se-á facilmente depreender isso, que somados à sua posição geográfica estratégica e ao seu desenvolvimento, fazem deste Distrito uma das regiões mais atraentes para o investimento.Braga oferece igualmente oportunidades de cultura e lazer únicas no país, com a sua animação nocturna, cinemas, teatro, exposições, museus e galerias de arte.
É uma cidade cheia de cultura e tradições, onde a História e a religião vivem lado a lado com a indústria tecnológica e a vida universitária.