sexta-feira, 21 de junho de 2013

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Bracara Augusta

O primeiro contacto entre Bracari e Romanos deu-se entre 138-136 a.C., com expedições de reconhecimento militar. Até 31 a.C., viveu-se em paz, o que favoreceu o desenvolvimento e o comércio, proporcionados pelo Império Romano.
Em 26 a.C. o Imperador Augusto desloca-se pessoalmente à Península Ibérica, na sequência de guerras internas entre os líderes do Império, e é nesta fase, em que retoma o poder em toda a região entre os Pirinéus e a Galécia, que é fundada Bracara Augusta. Augusto ordena a reorganização administrativa que consiste na fundação de cidades e construção de vias, dinamizando assim o comércio a nível inter-regional. De Bracara Augusta partiriam importantes vias.
Toda esta reorganização ocorreu durante a dinastia Júlio-Claúdio (anos 14-68) e envolveu ainda a construção dos primeiros edifícios públicos de Bracara Augusta, a criação de novos bairros, desenvolveram-se actividades económicas e comerciais como a metalúrgia e a olaria. Foram então criadas condições para que inúmeros indígenas, militares e povos externos se deslocassem para viver em Bracara Augusta. Em 50 d.C., Bracara Augusta era já um importantíssimo centro comercial de toda a região.
Os primeiros dois séculos de vida da nova cidade foram caracterizados por um enorme crescimento. Durante a dinastia Flávia, a cidade conheceu um ambicioso projecto de reestruturação urbano, que depois prosseguiu sob os imperadores Antoninos. O programa flávio incluiu a criação de monumentos, termas públicas, vários bairros residênciais, resultando numa cidade de apreciável extensão (cerca de 48ha), organizada segundo o plano hipodâmico. A cidade era então ponto de partida de várias vias romanas, favorecendo o comércio e a chegada de novos habitantes
No decorrer do séc.III, Bracara Augusta, aparentemente, estagna o seu crescimento, muito por culpa da crise que se instala na Hispania. Terá sido por esta altura que se procedeu à construção duma muralha de forma elíptica que circulava a cidade por completo e continha torres, protegendo-a das perturbações que afectaram toda a Hispania. Este afastamento, e o facto da cidade poder garantir a sua sobrevivência de forma independente, parecem tê-la poupado, permitindo uma vida regular aos seus habitantes, ainda que sem grande crescimento.
Entre finais do séc.III e inícios do IV, Diocleciano cria a província de Galécia e promove Bracara Augusta a Capital. Esta província integra os três conventos jurídicos do Noroeste e parte do de Clunia e a promoção de Bracara Augusta a Capital pressupõe um novo programa de remodelação urbano e novas responsabilidades políticas e administrativas o que pode ser um justificativo para a persistência de uma vida económica e social activas, durante todo o século IV. Essas responsabilidades terão mesmo aumentado com a promoção da cidade a sede de bispado. Os numerosos cargos políticos e religiosos criados terão constituído importantes factores de fixação da população, nomeadamente a população de elite e mais abastada.
A partir da ocupação dos Suevos, que nomeam Bracara Augusta Capital política e intelectual do seu reino, a cidade terá começado a perder as suas fundações romanas, ainda assim mantendo a maioria dos seus monumentos e edifícios. Já a instauração do domínio visigótico e as posteriores incursões àrabes parecem ter destruído vários sectores da cidade, acelerando o seu despovoamento.
É por ação do bispo D. Pedro que se desenvolve uma pequeno burgo medieval em torno da Catedral Sagrada em 1089, delimitado por uma muralha. Este burgo manterá fora do seu perímetro dois terços da antiga cidade romana. São desmanteladas muitas das construções monumentais da outrora Bracara Augusta e reutilizado o seu material de construção nos novos edifícios da cidade medieval. As restantes, reduzidas a escombros terão deixado de ser visíveis, transformadas que foram as áreas extra muralha em terrenos de cultivo.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

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A pré-história

São vários os achados arqueológicos que comprovam a existência de aglomerados populacionais na região, na Idade do Bronze. O mais antigo remontará ainda mais para trás, ao período Neolítico - um monumento megalítico denominado "Mamoa de Lamas". Mas é mesmo só a partir da Idade do Bronze que as fossas e cerâmicas encontradas no Alto da Cividade atestam a existência de uma povoação na zona.

Na Idade do Ferro, os nossos antepassados deixaram-nos os Castros - castelos de pedra, de forma arredondada, próprios de povoações que ocupavam locais de alto relevo. Em Braga ainda são visíveis restos de vários Castros:
  • Em Adaúfe: Castro do Pedroso e Castro do Monte Vasconcelos;
  • Em Dume: Castro de Cabanas;
  • Em Esporões: Castro da Santa Maria das Cortiças;
  • Em Guisande: Castro do Monte Redondo;
  • Em Nogueiró: Castro da Consolação;
  • Em Palmeira: Castro da Sola;
  • Em Pousada: Vinha de Lage - Castro Agrícola;
  • Em Sequeira: Castro do Monte das Caldas;
  • Em S.Vicente: Castro Máximo;
  • Em Vimieiro: Castro Vimieiro.
Apesar de não estar provado, pensa-se que terá existido um grande Castro na Cividade.
A Cividade, nome que deriva precisamente de "grande Castro", situa-se no coração da Cidade e certos historiadores, baseados na teoria de que Bracara Augusta teria sido construída sobre um Castro outrora destruído pelas guerras entre os povos locais e os romanos, aproveitando o material existente, eliminando assim grande parte dos vestígios anteriores.

O astrónomo e geógrafo grego Claudius Ptolemeu, referiu na sua obra - Geografia (8V.) - que a cidade Bracara Augusta era anterior à dominação romana e a recente descoberta ocasional de um Balneário Pré-Romano, durante as obras de remodelação da Estação, atestam essa teoria.

No entanto, a teoria está longe de ser provada. As provas arqueológicas que possam existir situam-se bem no centro histórico da cidade, sob os Monumentos Nacionais considerados Património e por isso, em local de muito difícil (diria mesmo impossível) acesso. Além disso, e ao longo da História, a área foi palco principal de grandes guerras e destruições que deverão ter provocado grandes alterações.

sábado, 15 de junho de 2013

+ 2000 Anos

Braga foi a primeira cidade portuguesa, por outras palavras, quando Portugal foi fundado no seu território apenas existia uma cidade - Braga. 
É uma das cidades cristãs mais antigas do mundo; fundada no tempo dos romanos como Brácara Augusta, conta com mais de 2000 anos de História. 

A história bracarense pode dividir-se em três partes: a Pré-História, Bracara Augusta e Braga.

Cidade Bimelenar com um passado Guerreiro, composta maioritáriamente por jovens e que sabe e gosta de receber quem a visita. Em Braga a "Porta está sempre aberta" como sinal de bem receber.

Situada no Norte de Portugal, mais propriamente no Vale do Cávado, Braga possui cerca de 174 mil habitantes, sendo o centro da Grande Área Metropolitana do Minho (GAM), com cerca 800 mil habitantes. É uma das cidades mais jovens da Europa (foi considerada a cidade mais jovem da Europa em 1989), o que a torna uma cidade dinâmica e enérgica. 
Nos últimos 30 anos a população do Distrito cresceu mais de 25 por cento e actualmente, apresenta parâmetros de desenvolvimento e de qualidade de vida muito acima da média nacional, sendo apenas superado pelas regiões do grande Porto e da grande Lisboa. Pelas estatísticas e racios poder-se-á facilmente depreender isso, que somados à sua posição geográfica estratégica e ao seu desenvolvimento, fazem deste Distrito uma das regiões mais atraentes para o investimento.Braga oferece igualmente oportunidades de cultura e lazer únicas no país, com a sua animação nocturna, cinemas, teatro, exposições, museus e galerias de arte.
É uma cidade cheia de cultura e tradições, onde a História e a religião vivem lado a lado com a indústria tecnológica e a vida universitária.